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ESTAÇÕES DO ANO E A DERMATITE ATÓPICA
ESTAÇÕES DO ANO E A DERMATITE ATÓPICA
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Estações do ano e a dermatite atópica
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Você prefere frio ou calor? Para o paciente com dermatite atópica a resposta para essa pergunta pode não ser tão simples. A médica especialista em Pediatria e Dermatologia, Dra. Kerstin Taniguchi Abagge CRM-PR: 0012296, conta que as estações do ano afetam o dia a dia do paciente e é preciso estar atento aos cuidados.

“É importante observar que o clima de uma região envolve temperatura, umidade e precipitação (chuva), além de fatores relacionados à exposição à radiação ultravioleta. No inverno, a umidade do ar fica mais baixa, os banhos mais quentes e as roupas mais pesadas ou de material irritante que podem levar ao maior ressecamento da pele e aumentar a intensidade e frequência das crises. Já no verão, devido à maior umidade e aumento da sudorese, pode existir a irritação da pele, principalmente nas regiões das pregas do antebraço e atrás dos joelhos. Assim, a interferência da estação depende da localidade, bem como da resposta individual de cada paciente.”

Com isso, alguns cuidados devem ser tomados durante todo o ano. Para as estações mais quentes, como primavera e verão, caso o paciente esteja muito suado, são indicados banhos mais frequentes, porém rápidos, não muito quentes e sem a utilização excessiva de sabonetes. Use roupas leves de algodão que permitam uma boa ventilação. Por vezes, a utilização de ventiladores e ar condicionado é aconselhada para melhor controle da temperatura do ambiente, minimizando a sudorese e o prurido. No entanto, é preciso fazer a devida limpeza dos aparelhos antes de usá-los.

“No outono e inverno, o uso de ar condicionado ou aquecedores baixa a umidade relativa do ar, portanto é preciso cautela ou associá-los a umidificadores de ambiente. É indicado não usar lã ou tecidos sintéticos diretamente sobre a pele, mas se for o caso, vista peças de algodão por baixo. Nessas épocas do ano é fundamental intensificar a hidratação também”, de acordo com a Dra. Kerstin.

PRIMAVERA E VERÃO

É importante citar as atividades que costumam ser realizadas em cada uma dessas estações. Ir à praia ou à piscina pode ser benéfico para o paciente com dermatite atópica. A Dra. diz que “uma das explicações é a maior exposição à radiação ultravioleta, que possui uma ação imunossupressora local. Os poucos pacientes que pioram são por conta do excesso de suor ou uso de produtos inadequados”. Confira as dicas abaixo:

  • Prefira protetores solares do tipo hipoalergênicos de uma marca já testada, preferencialmente específica para crianças. Também que não sejam muito oclusivos, ou seja, muito espessos. Apesar desse tipo de produto ter maior resistência à água, pode causar “brotoeja” por obstruir a saída do suor e levar à coceira.
  • Protetores em spray podem não ter uma cobertura ideal ou não espalharem adequadamente, deixando a pele desprotegida. Portanto, prefira os em creme ou loção cremosa.
  • É fundamental saber qual a reação da pele do paciente com o sal do mar e o cloro da piscina. A aplicação de um hidratante nas áreas de lesões antes de entrar na água pode evitar a sensação de ardência.
  • Os hidratantes hipoalergênicos devem ser mantidos mesmo no verão, mas como a umidade do ar é maior e as crianças suam mais, substituir as formulações mais espessas (como baume) por cremes ou loções cremosas pode ser benéfico.
  • No parque, tenha cuidado ao entrar em contato com fatores que pioram a irritação ou coceira, como grama, areia e plantas. Caso haja este contato, o indicado é lavar o mais rápido possível.
  • Importante também testar os repelentes e utilizar aqueles que sabidamente não provocam irritação. Aqui também vale a dica de usar as loções cremosas ao invés dos sprays.

OUTONO E INVERNO

Nessas estações é recomendado vestir tecidos não sintéticos. A Dra. Kesrtin dá as dicas:

  • Tome cuidado com o uso de “soft”, lã, nylon e outros tecidos que podem irritar a pele.
  • Tente fugir dos extremos de temperatura e do uso de luvas e cachecóis de lã que podem piorar o eczema, próprio da dermatite atópica, nas regiões de contato, como o pescoço e as mãos.
  • O banho quente acaba piorando o ressecamento da pele. Use bastante hidratante. Como os cremes hidratantes são ‘frios’ e sua cosmética nem sempre é agradável, a substituição por cremes de uso no banho pode ajudar.
  • Algumas técnicas de hidratação intensiva como o ‘wet wrap’, técnica do pijama úmido, ou ‘soak and seal’ ou ‘soak and smear’, ensopar e selar, podem ser muito úteis também. Aprenda a transformar o momento da hidratação em algo prazeroso massageando e promovendo o relaxamento.

Independente da estação do ano preferida, o acompanhamento médico, a adesão ao tratamento indicado pelo profissional e a hidratação da pele devem ser parte da rotina dos pacientes. No site da Associação de Apoio à Dermatite Atópica você pode encontrar os grupos de apoio aos pacientes com dermatite atópica da sua cidade, que podem ajudar as crianças e as famílias a entenderem melhor a doença e melhorar a adesão ao tratamento.

Referências:

Especialista consultada, Dra. Kerstin Taniguchi Abagge, CRM-PR: 0012996 

MAT-BR-2001138 – Setembro/2020